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Valparaiso: Pedem vinte anos para xs processadxs por distúrbios no 21 de maio de 2016 que terminaram com um guarda sufocado

via PUBLICACION REFRACTARIO

“Solidariedade anticarcerária com xs detidxs acusadxs de incendio no dia 21 de maio em Valparaíso/ A mídia aponta e a polícia dispara. A derrubar as fantasias da promotoria. Liberdade axs detidxs!”

Finalmente, a acusação decidiu fechar a investigação contra xs 6 processadxs pelo ataque incendiário a uma farmácia, que se espalhou por todo o prédio durante os distúrbios de 21 de maio de 2016, onde morreu asfixiado um guarda municipal.

O poder solicita as seguintes penalidades contra xs companheirxs:

Miguel Ángel Varela: acusado por incendio seguido de morte. A acusação pede 20 anos de prisão.

Felipe Ríos: acusado de incendio seguido de morte. A acusação pede 20 anos de prisão.

Constanza Gutiérrez: acusada como co-autora por fornecer os meios para o crime principal se materializar. A acusação solicita 15 anos de prisão.

Hugo Barraza: acusado como co-autoria por fornecer os meios para o crime principal se materializar. A acusação solicita 15 anos de prisão.

Nicolás Bayer: acusado como co-autor por fornecer os meios para o crime principal se materializar. A acusação solicita 15 anos de prisão.

Rodrigo Araya: acusado como co-autor por fornecer os meios para que o crime principal se materializar. A acusação solicita 15 anos de prisão.

Lembre-se de que todxs estão na rua, depois de enfraquecer fortemente as evidências na audiência de formalização. É de se esperar que logo se realize a preparação do julgamento oral e, finalmente, o julgamento.

Solidariedade com xs processadxs: A defender e agitar a luta rueira!

 

 

Chile – Jornada Anti-Carcerária em Solidariedade com Nataly, Juan e Enrique

via TURBA NEGRA

Difundo a partir da publicação da Coordinadora Anticarcelaria La Fuga e mando forças axs compas que estão levantando essa movida em solidariedade axs compas presxs: Juan, Nataly e Enrique.

O julgamento contra xs companheirxs foi iniciado em 24 de março desse ano, e após um longo julgamento, as condenações e acusações da acusação são as seguintes:

Enrique Guzmán: acusado da confecção do dispositivo explosivo utilizado no 1º Delegacia do centro de Santiago. Formalizado pela lei antiterrorista, a acusação pede 10 anos de prisão.

Nataly Casanova: acusada da confecção do dispositivo explosivo utilizado no 1º Delegacia do centro de Santiago, da colocação do dispositivo explosivo no metrô, posse de material para fabricação de material explosivo. Formalizada pela lei antiterrorista, a promotoria pede 20 anos de prisão.

Juan Flores: acusado da colocação do dispositivo explosivo utilizado no 1º Delegacia do centro de Santiago, da colocação do dispositivo explosivo no metrô, da colocação do dispositivo explosivo no subcentro. Formalizado pela lei antiterrorista, a promotoria solicita uma sentença perpétua contra ele.

Abaixo o estado policial e suas montagens no Caso Bombas 2.
Liberdade à Nataly, Juan, Enrique e todxs xs presxs em luta!

Domingo 19 de novembro
do lado de fora da prisão de San Miguel

A partir das 11hs

*Assessoria legal e penitenciária para familiares e próximxs de pessoas encarceiradas.
*Conversa com compas de 81 Razones x Luchar, Observatorio Social Penitenciario, coordenador do DDHH Mauricio Hernandez e outrxs compas.
*Música, olla común e atividades para crianças

Cagliari, Itália – Anarquista Paolo preso por roubo

via Nobordersard

Tradução TURBA NEGRA

Cagliari, Itália – Anarquista Paolo preso por roubo

Na terça-feira, 31 de outubro, nosso companheiro Paolo foi preso junto com dois companheiros, logo após o assalto ao escritório dos correios no subúrbio de Cagliari. Depois de deixarem o escritório de correios, eles tentaram fugir, mas a infâmia de uma testemunha forneceu informações muito precisas aos policiais, que, portanto, conseguiram organizar um cerco e interceptá-los enquanto eles estavam fugindo.

Eles não ofereceram resistência. As roupas e as armas usadas no assalto foram encontradas no carro.

Toda a nossa proximidade e solidariedade para eles. Nós não sabemos por que eles fizeram essa escolha, e nós não nos importamos. Sabemos que quem organiza para privar o Estado e os patrões do que eles precisam, faz o certo, sempre.

Mas, estamos enojadxs por aquelas pessoas que, por um “senso de dever cívico” (expressão usada pelo chefe da polícia de Cagliari), criticam aquelxs que se organizam e agem para ter o que precisam, tirando o que por natureza é o pior explorador no mundo, o Estado.

Do lado daqueles que não abaixam a cabeça.

O final do julgamento sobre o subcentro se aproxima

via PUBLICACION REFRACTARIO

Durante a última quinzena de novembro, espera-se que o macroprocesso iniciado sob a lei antiterrorista pelos ataques contra o subcentro, o metrô “los dominicos” e duas estações de polícia em Santiago chegue ao fim.

O chamado “Caso Bombs 2”, iniciado há mais de dois anos contra xs companheirxs Enrique Guzman, Nataly Casanova e Juan Flores, tem aproximadamente 7 meses de julgamento sob a lei antiterrorista, são finalmente por esses dias que o processo está se concluindo. Após os argumentos de encerramento, é de se esperar o veredicto que  o tribunal oral penal* decidirá inocência ou culpa e por qual crime, para então – no caso de ser condenadxs culpadxs – ditar a sentença.

É necessário lembrar que, após esta instância, tanto a defesa quanto a promotoria podem recorrer da decisão, porque, se este é um giro da engrenagem judicial contra xs companheirxs, não é o último.

Lembre-se das acusações e penalidades que o poder solicita contra Enrique, Nataly e Juan:

  • Enrique Guzmán: acusado pela confecção do artefato explosivo usado no 1º Posto Policial de Santiago Centro. Enquadrado pela lei antiterrorista, a promotoria solicita 10 anos de prisão.
  • Nataly Casanova: acusada pela confecção do dispositivo explosivo utilizado no 1º Posto Policial de Santiago Centro, da colocação do dispositivo explosivo no vagão de metrô da estação “los dominicos”, posse de material para fabricação de material explosivo. Enquadrada pela lei antiterrorista, a promotoria pede 20 anos de prisão.
  • Juan Flores: acusado pela colocação do dispositivo explosivo utilizado no 1º Posto Policial de Santiago Centro, da colocação do dispositivo explosivo no vagão de metrô da estação “los dominicos”, da colocação do dispositivo explosivo no subcentro. Enquadrado pela lei antiterrorista, a promotoria solicita uma sentença perpétua contra ele.

Solidariedade combativa frente à inquisição democrática!

*“tribunal penal oral” é um tribunal ordinário de única instância.

Itália: Atualizações da “Operação Scripta Manent” (16/11/17)

via CROCE NERA ANARCHICA

O julgamento começara dia 16 de Novembro na corte de segurança máxima da prisão de Turim.

Xs companheirxs anarquistas Alfredo Cospito, Anna Beniamino, Danilo Cremonese, Nicola Gai não serão permitidxs de comparecer ao julgamento na sala do tribunal, elxs serão sujeitxs a uma video-conferência dentro das alas do presídio de máxima vigilância 2, onde estão sendo mantidxs.

Xs companheirxs anarquistas Marco Bisesti, Valentina Speziale, Alessandro Mercogliano serão permitidxs de comparecer ao tribunal, mas elxs recusam participar do julgamento em solidariedade com xs companheirxs sujeitxs à video-conferência

CNA

[$antiago, Chile] Resumo da atividade “Solidariedade à flor da Pele”

via CONTRAINFO

tradução TORMENTASDEFOGO

VII Convenção de tatuagens e arte corporal SOLIDARIEDADE À FLOR DA PELE

Sob um belo céu nublado, nos reunimos para dar vida à VII Convenção de Tatuagens e arte corporal Solidariedade à Flor da Pele, buscando contribuir economicamente com nossos camaradas na prisão, bem como abrir um ponto de encontro anti-carcerário.

Desde o início, recebemos rondas policiais, hostilizando tatuadorxs, compas e até vizinhxs, mas sem conseguir impedir o desenvolvimento da atividade. Com a habilidade e a vontade das mãos solidárias, fomos nos esquivando dos diferentes obstáculos que se geraram no início, demonstrando assim que sempre se pode, quando a convicção anárquica nos guia.

Agradecemos a presença e compromisso de cada tatuadorx, dxs companheirxs responsáveis pelas suspensões, piercing e quem nos acompanhou com danças, pinturas e oficinas, que com a melhor disposição contribuirm para o desenvolvimento e difusão da atividade. A quem não pode chegar junto, esperamos contar com vocês para a próxima convenção…

As palavras de alguns de nossxs companheirxs na prisão foram lidas, assim, vazando idéias/sentimentos para longe dos corredores da prisão, ajudando a diluir dentro/fora. Durante o dia foi informado e atualizado sobre os diferentes processos de repressão e combate na Wallmapu, procurando alimentar as diferentes vontades em conflito.

Flor de Piel é marcada pela presença daqueles que, apesar de não estar mais fisicamente conosco, vivem na memória dos corações negros, então Barry Horne, Sebastián Oversluij, Mauricio Morales nos acompanhou o tempo todo. Os caminhos da luta sempre se cruzam, mas há circunstâncias em que não podem se encontrar … este dia é dedicado à memória de Santiago Maldonado.

Porque uma jaula é sempre uma jaula…
Até destruir o último bastião da sociedade carcerária.

Solidariedade à Flor da Pele.
Solidarixs afines pela Anarquia/Coletivo Sacco e Vanzetti.

***

PALAVRAS DE COMPANHEIRXS ENCARCERADXS

JOAQUÍN GARCÍA*

Acabei de aprender sobre esta iniciativa de solidariedade. Agradeço muito todas as expressões de carinho que me acompanham neste momento. Cada gesto, cada palavra tem significados muito maiores no confinamento da prisão, romper com a rotina aqui se torna o mais importante. Espero que tudo seja realizado do modo mais agradável possível e que a solidariedade seja vivida à flor da pele.

Eu envio muitos abraços, saudações e carinho.

Joaquín García
Seção de Segurança Máxima/Presídio de segurança máxima.
4 de novembro de 2017.

*Companheiro preso em 19 de novembro de 2015 e responsabilizado pelo ataque explosivo contra a 12a estação de polícia de San Miguel, em uma mudança de medida preventiva assume a clandestinidade e é preso em setembro de 2016 com um revólver e munição. Ele está atualmente em prisão preventiva.

ENRIQUE GUZMÁN, NATALY CASANOVA Y JUAN FLORES*

Essas palavras nascem e voam desde as célas da prisão de San Miguel, a unidade especial de alta segurança e a antiga penitenciária, para cumprimentar essa instância cúmplice dedicada a nós pelxs compas que organizam e dão vida à Convenção de Tatuagens e Arte Corporal Solidaridade à Flor da Pele…

Nessas palavras nascentes dentro desses centros de tortura, gostaríamos de cumprimentar de forma fraterna e cúmplice aquelxs que, no ponto de criatividade rebelde e subordinada, organizam e participam dessa iniciativa anti-carcerária,.. Iniciativa de solidariedade com aquelxs que sentem o sabor amargo da prisão cotidianamente, raiva, a impotência e a indignação de não poderem materializar a guerra porque estão cercados por barras, câmeras e guardas…

Nesse sentido, compartilhamos a mesma raiva, impotência e indignação, contra os bastardos que compõem e perpetuam essa sociedade, que aprisiona nossas vidas e a de nossos irmãos… é por isso que nosso respeito e carinho a essas mentes conscientes que não dão espaço à imobilidade e a indiferença…

Há aproximadamente 7 meses e meio atrás, nos encontramos à mercê da polícia da prisão, exames e transferências para os tribunais do estado chileno, que julgam nossa necessidade de enfrentar ao Domínio, o julgamento que discute nosso suposto envolvimento em bombas detonadas contra a estação de metro “Los Dominicos”, contra a 39 e a primeira delegacia de polícia em Santiago e contra o subcentro da escola militar (fatos reivindicados pelxs compas da conspiração das células de fogo e a conspiração internacional de vingança) está em fase final, após o arsenal legal / fiscal e a entrada de mais de 150 testemunhos, 80 peritos, 230 documentos e 640 provas de especialistas, esta segunda-feira irá discutir os dias de folga (que não podem ser mais do que 4) para preparar os argumentos de encerramento do caso.

Com um cúmplice de sinal com xs compas nas prisões de Korydallos (Grécia), com xs de Ferrara (Itália) e para a imensidão de irmãos presxs e caidxs nesta guerra, nos despedimos com o gostoso sabor do carinho solidário que você nos mostra uma vez mais!!!

Nataly Casanova (Cárcere de San Miguel)
Enrique Guzmán (Segurança Máxima/Presídio de Segurança Máxima)
Juan Flores (Antiga Penitenciaria)

MARCELO VILLARROEL*

Abraçando a todos e alguns dos gestos e atos de solidariedade com xs prisioneirxs da guerra social.

Da prisão da Alta Segurança de Santiago, uma vez mais, escapam essas letras carregadas de fraternidade insurrecta para cumprimentar e abraçar cada umx dxs companheirxs que possibilitam que esta iniciativa seja realizada em sua 7ª versão, mantendo-a viva por vários anos, com a finalidade concreta da solidariedade com quem vive na prisão como resultado irrevogável de uma luta subversiva contra o Estado, o Capital e toda autoridade.

Resgato a vontade e a insistência de gerar redes de cumplicidade que permitem quebrar no cotidiano as paredes e as jaulas que nos cercam.

Nos tempos em que os valores que têm motivado o nosso acionar de combate direto são relativizados por quem nunca arriscou nada, é altamente resgatável promover a sensação de comunidade que nos envolve, independentemente do lugar onde estamos, porque está enraizado no desejo e na vontade incontida de ser livre, muito além das dificuldades próprias de um caminho onde muitxs irmãos perderam suas vidas enquanto outrxs resistem atrás das barras.

Portanto, cada grão de areia que aponta para fortalecer a ruptura com o separatismo e a indiferença expandindo as práticas solidárias é um ataque direto à imobilidade e passividade com que o poder e seus múltiplos dispositivos de controle vão semeando fragmentação, amnésia e medo com os quais temos de conviver cotidianamente como práticas normalizadas no mundo cidadão que tanto odiamos.

Os tempos são e continuarão a ser de luta direta contra o Estado através da revolta permanente e há de ser claro: continuará havendo feridxs, perseguidxs, prisioneirxs e mortxs de pensamento e ação anti-autoritárias e não podemos imaginar transformações radicais sem a dor da perda, porque não há guerra asséptica já que o poder da dominação capitalista não perdoa nem esquece quem se rebela.

Por estes dias se cumpre 10 anos desde que assumimos a clandestinidade como uma negação da legalidade juridica-policial do Estado. Há 10 anos, começou uma caça à 4 companheirxs em que fomos acusadxs de participar numa série de expropriações bancárias e na morte de um policial uniformizado após o assalto ao Banco Security, fato ocorrido no centro de Santiago, em outubro de 2007.

O Estado com seus sicários guardiões desencadeou uma caça sem precedentes, bem como uma ofensiva sistemática em relação a vários espaços anticomunistas autônomos da época que expressavam uma posição de confrontação insurrecta.

A 10 anos do começo daquela caça, orgulhosamente pode dizer que não há arrependimento, nem esquecimento, nem abando, nem resignação do caminhar subversivo. Desde uma posição em tensão contínua, nada está acabado.

Tudo continua!!!

Encorajando o encontro de quem está trilhando o caminho da guerra social, quem alimenta a memória de combate de todxs que nῶao perdem o compasso do conflito…

Abraçando todos xs presxs dignxs e seus irmãos que se expressam no ataque direto aos símbolos do Poder.

ABAIXO AS JAULAS!!!
ATÉ DESTRUIR O ÚLTIMO BASTIÃO DA SOCIEDADE CARCERÁRIA!!!
CAMINHANDO ORGULHOSXS PELO CAMINHO DA GUERRA SOCIAL, AVANÇAMOS JUNTXS PARA A LIBERTAÇÃO!!!
ENQUANTO EXISTIR MISÉRIA, HAVERÁ REBELIÃO!!!

Marcelo Villarroel Sepúlveda
Prisioneiro Libertário.
Presídio de Segurança Máxima/Santiago, Chile.
Sábado, 4 de novembro de 2017.

“EXPERIMENTANDO A VINGATIVIDADE DO SISTEMA”

via ACT FOR FREEDOM NOW

“Carta dxs compas anarquistas Vaggelis Stathopoulos e Christoforos Kortesis”

Experimentando a vingatividade do sistema

Sete anos e meio depois da nossa prisão em abril de 2010 no caso da Luta Revolucionária, na terça-feira 24/10 seu julgamento de segundo grau terminou. E este tribunal ratificou o óbvio com a sua decisão: através dele fomos declarados oponentes do regime e tratados como tal. Quanto a nós, a nossa condenação de 6 anos de prisão — acrescida com formação de organização terrorista, uma carga-chave para acusações – é devida exclusivamente ao que declaramos desde o primeiro momento em que recusamos a acusação: nossa identidade política e ação como anarquistas, bem como a nossa atitude insubordinada em relação a todos os processos de investigação e judicial.

A vingança dos mecanismos de acusação penetra em todos os estágios da nossa acusação, que culminou em reclusão após a decisão mais recente. Para o restante da nossa sentença que ainda temos de cumprir (5 meses e 8 meses, respectivamente), o promotor de sentenças Drakos teve um cuidado especial quanto a nós, enviando-nos para as prisões de Alikarnassos e Kerkira, respectivamente, isolando-nos daqueles que estão perto de nós e nossos ambiente político.

Claro, todos nós estamos acostumadxs a ouvir histórias de repressão com os vários tipos de “Drakos”: quando, um ano após nossas prisões, o conselho de 12 meses de prisão liberou-nos devido à falta de provas, foi o procurador da Suprema Corte Ioannis Tentes que apelou esta decisão e confirmou o caráter político da nossa acusação. Quando, um mês antes da decisão do primeiro julgamento, o então o ministro da Proteção dos Cidadãos Nikos Dendias enviou um documento informal com “terroristas perigosos” para o “jornalismo independente”, que inclui os nomes de muitos outros camaradas, ele não fez mais do que confirmar o “idionymon”* moderno para aquelxs que resistem.

Mesmo até o dia da decisão de apelação, quer dizer, por 4,5 anos, nós permanecemos livres (com restrições). Nós não fomos “corrigidos” todos esses anos, também não iremos. Nós continuamos sempre com a destruição de estado e capital como nosso horizonte ao lado dxs oprimidxs e aquelxs que lutam por um mundo de igualdade, liberdade e solidariedade.

Do centro de detenção provisória na rua Petrou Ralli, algumas horas antes nossa transferência.

Vaggelis Stathopoulos, Christoforos Kortesis.

* lei “relativa a medidas de segurança para o estabelecimento social e proteção da liberdade”, introduzida pelo governo Venizelos em 1929 com o objetivo de penalizar as idéias insurrecionais e, em particular, desencadear acusações contra comunistas, anarquistas e reforçar a repressão
contra as mobilizações sindicalistas.

 

 

 

 

 

[Porto Alegre, Bra$il] “Quando a anarquia incomoda.” Comunicado da Biblioteca Kaos diante da perseguição contra anarquistas

Há muitas coisas para falar, mas iremos pelo mais urgente. O 25 de outubro começou uma perseguição anti-anarquista contra a FAG [Federação Anarquista Gaúcha], o Parhesia, a ocupação Pandorga e algumas individualidades que tiveram espaços e moradias invadidas pela polícia. Se não toda, provavelmente uma boa parte da diversidade anarquista foi atingida e várixs deles se pronunciaram desde suas concordâncias, com firmeza, diante da repressão. E isso é vento fresco que fortalece a todo aquele que se sinta em sedição.

Fica evidente que a mira dos agentes da repressão também aponta contra nós, contra as publicações que fizemos ou nas quais participamos. E é sobre isso que vamos a nos pronunciar. A cronologia da Confrontação Anárquica, tanto aquela que recolhe informação desde o 2000 até o 2015, quanto aquela que recolhe o acionar anárquico do 2016, são os livros que estão exibindo como “provas” de vandalismo, ataques, e atos criminosos. Dentre as múltiplas formas de procurar a liberdade que tem o anarquismo, esses livros falam da informalidade anárquica como um opção de acordo com o rosto da dominação atual. Ainda mais, esclarecemos que estes livros falam de ações que não são anarquistas só. O foco dos livros é a difusão de ações anárquicas. Para ser mais precisos, se difundem ações nas quais nós sentimos o aroma da anarquia. E entre o anarquismo e a anarquia há diferenças que podem ser delicadas mas que são importantes.

O instinto anárquico é aquele impulso anti-dominação que pode estar presente em qualquer individualidade ou coletividade, para além dos pertencimentos ideológicos e militâncias políticas. É por isso que nas cronologias incluímos conflitos das populações não ocidentais, a conflitividade nas ruas dentro de protestos mais abrangentes e motivações diversas, ações contra o Estado e o Capital e muito mais. Longe de ir pela teoria, esclarecemos isto já que a perseguição contra os anarquistas não toma em conta estas diferenças procurando achar um bode expiatório para múltiplos eventos que incomodaram aos policias e aos poderosos de sempre.

Surpreende que a polícia, o Delegado Jardim, e a mídia mostram como a grande novidade, fatos que já foram manchete no seu momento e já foram pesquisados pela polícia também, só pelo fato de estarem condensadas em nossas publicações. Nenhum dos livros é uma reivindicação. São livros de uma memória anárquica, com ações e conflitos muito anteriores à existência da Biblioteca Kaos e que com certeza irão continuar para além de nós. A publicação mostra, com alegria e de cabeça erguida sim, a existência de um confronto anárquico que dá resposta à dominação, à devastação da terra e ao ataque contra toda forma de liberdade, mas não reivindica a autoria desses fatos que podem ser colhidos, tal como nós fizemos de várias páginas de internet e jornais locais. E se fizemos essas publicações sabendo do risco que elas apresentavam é porque a insubmissão merece ser defendida, uivada, festejada e gritada por todos os meios possíveis. Jamais acreditaremos nem respeitaremos a obediência que pretendem impor, a submissão e o medo que querem inocular nas pessoas desde que nascem.

Para além disso tudo. As ações que estão nas cronologias são ações de ataque contra a materialidade da dominação. Ou seja contra prédios, carros, máquinas, estradas, vidraças. Coisas. Objetos. Símbolos. A polícia do território controlado pelo estado brasileiro é internacionalmente famosa por ser uma polícia assassina. As operações de pacificação, são chacinas, autênticos massacres, como a da Candelária e a do Carandiru, assim como o assassinato pelas costas de Eltom Brum que até teve uma torcida policial recebendo o assassino. E são eles quem vem a falar de terror, de quadrilhas do mal, de tentativa de homicídio? Mostram um estilingue e tijolos ecológicos como armas, enquanto eles estão de pistola na mão. Falam de terrorismo e quadrilhas do mal enquanto preparam a seguinte invasão contra uma vila ou favela, onde os mortos nem serão mencionados pela mídia. Assim, insignificantes são para eles. Gostaríamos de acreditar que todos se sentem insultados com as provas do Delegado Jardim. Num contexto onde as armas são corriqueiras, tijolos ecológicos apresentados como explosivos é um insulto para qualquer um. Porém, não esquecemos do uso policial do pinho sol como arma (prova) contra Rafael Braga a quem sequestraram até ele pegar tuberculose, ou seja, até sentir que fizeram de tudo para matá-lo.

As repressões contra os anarquistas mostram duas coisas. A primeira que apresentar “terroristas” na tela serve como show para tirar os holofotes dos problemas como a corrupção, o descrédito político-policial e o genocídio devagar mediante reformas econômicas. Que agora tentem resolver fatos do 2013 e persigam um livro e literatura, mostra claramente um uso midiático e espetacular que pretende esconder o crescente ataque contra a população, despolitizar mediante ameaças e espalhar o medo até de ler (práticas evidentemente democráticas).

A segunda coisa que apresenta uma perseguição anti-anarquista é que a anarquia incomoda. Quando falamos da anarquia que incomoda, claramente, não estamos falando de meninos e meninas bem comportados agindo dentro das margens impostas pelo poder, não falamos de pessoas que tem as leis no seus corpos e corações lhes desenhando seus limites de ação. Quando falamos da anarquia que incomoda falamos de uma insubmissão tão forte de pessoas e grupos que tem sido capazes de interromper a normalidade da praça dos poderes, de paralisar a cidade, de quebrar os símbolos da militarização no Haiti, de queimar os veículos que sequestram, e matam arrastando como cavalos da inquisição (Claudia não esquecemos da sua morte).

Os livros da Biblioteca Kaos difundem essa anarquia. A que incomoda. Aquela que responde o embate do agronegócio, da civilização colonizante, da militarização, do ecocídio, da sociedade carcerária… Em palavras mais simples, enquanto a dominação tenta destruir o planeta e todos que eles acham indesejáveis, nós difundimos o que ataca a dominação.

E quando a anarquia incomoda, a reação dos poderosos ameaça e quer farejar o medo. A resposta anarquista e anárquica contra essa perseguição ficará nos nossos corações e ações. O como enfrentamos esta encruzilhada marcará o momento de nosso passo pela trilha da vida em rebeldia.

Força e solidariedade com Xs perseguidxs pela operação Érebo.

Biblioteca Anárquica Kaos

Outubro de 2017

Praga, Chéquia – O veredito do caso Fenix: réus absolvidxs

tradução recebida via email

via AntiFénix

“3 anos de faltas de evidências – 3 anos que fuderam nossas vidas”

Segue abaixo a tradução:

“O tumultuado caso Fenix consiste em muitas acusações de muitos crimes,
desde a chamada “promoção do terrorismo” a de preparação de ataques
terroristas. Estes são os mais discutidos no último julgamento do
tribunal municipal em Praga. Durante o seu veredicto, o juiz absolveu
todos os cinco réus do caso Fenix ​​1. É uma vitória? Por que essa
decisão não é definitiva? O artigo seguido é uma tradução de uma visão
geral de um mês sobre as audiências do tribunal e algumas análises de
nossa situação e experiência, originalmente escritas na língua checa.

Esta longa audiência foi sobre cinco anarquistas, três delxs acusadxs
​​de conspirar um ataque terrorista em um trem que usava parafernália
militar. 2 delxs foram acusadxs ​​de saber sobre tais planos e não ter
parado xs autorxs presumidxs. Duas dessas cinco pessoas também foram
acusadas de preparar um ataque com coquetéis molotov contra carros da
polícia durante o desalojo da okupa Cibulka. Basicamente, de acordo com
os policiais, existem no total cinco pessoas e três crimes diferentes
envolvidos. (E tudo isso é apenas para Fenix ​​1, porque algumas dessas
pessoas estão enfrentando novas acusações no contexto de Fenix ​​2).
No grupo onde xs cinco acusadxs ​​estavam envolvidxs, havia dois
policiais infiltrados. Esses dois indivíduos prepararam ativamente os
dois ataques e também os iniciaram parcialmente. No entanto, o juiz não
identificou suas ações como uma provocação, porque os materiais que
detectariam a provocação não estão disponíveis.

A juíza, Hon. Hana Hrncirova, enfatizou que absolveu todxs xs acusadxs
por falta de provas suficientes. Ela destacou a falta de transparência
do trabalho da polícia: “A razão pela qual o tribunal tomou tal decisão
é o fato de que, durante a avaliação da evidência, o juiz expressou
fortes dúvidas sobre a transparência policial em seus métodos, tanto
antes do início da ação penal quanto quando foi legalmente permitido
envolver os agentes implantados no caso “, disse ela.
A juíza destacou que a polícia agiu sem ter mandado por meses e quando o
advogado da defesa pediu os registros de sua atividade, a polícia não os
teve: “O tribunal não possui vestígios de registros, nem mesmo um”,
disse a juíza. Então ela disse: “O advogado de defesa tentou obter esses
materiais porque pode-se supor que, com base nessas licenças
individuais, deve haver algum registro em algum lugar. Esses registros
nunca foram incluídos no arquivo.”

De acordo com o que a polícia disse, os materiais dos primeiros meses de
infiltração “não existem ou não podem ser usados”. Então, temos outra
pilha de arquivos que estão existentes, arquivos com uma transcrição da
comunicação do telefone celular gravada e, de fato, podem ser usados.
Especialmente para provar que os agentes secretos, a infiltração e a
construção do caso não são uma questão do passado, como ouvimos com
muita frequência. Cômico foi o momento, quando o juiz levantou esta
pilha sobre a cabeça (é um volume de cerca de 400 páginas A4) e disse
que, a partir de todas essas transcrições, nenhuma coisa tem nenhum
valor como evidência.

A decisão não é definitiva porque o promotor público Pazourek sentiu que
ainda não destruiu a vida das pessoas o bastante e apelou. Como
ex-policial, ele acredita que a polícia atuou corretamente e espera que
a Suprema Corte confirme sua opinião. Certamente, ele fará todo o
possível para encontrar algo que “deve estar lá e pode ser usado”.
Podemos simplesmente esperar que este caçador de anarquistas (ele também
propõe pelo menos 12 anos de prisão para xs acusadxs no caso Fenix) e
também desempenha papel no Fenix 2, terá elementos sem valor de
evidência no próximo julgamento.

Ao contrário de Pazourek, o ministro do interior, amante de armas,
social-democrata, Josef Chovanec, não tem tempo para esperar pelo
tribunal superior. As eleições parlamentares estão se aproximando e ele
tem que dar prioridade ao polimento de sua imagem, apresentando-se como
justo e um bom pai. E, portanto, depois de três anos, percebeu de
repente, no caso Fenix, “algo não está certo”. Em seu perfil de
“Twitter”, ele deixou alguns comentários fazendo referência a fatos
pertencentes à história checa: “Se isso prova que foi apenas uma
provocação policial, eu pedirei um caso de investigação minuciosa e uma
punição dos culpados. A polícia de um estado tão democrático […] não
pode destruir arbitrariamente a vida das pessoas, e isso independente do
seu pensamento político. Espero que o “julgamento de Omladina*” pertence
à nossa história e não ao nosso presente “. Pena que ele não estivesse
lá dizendo essas palavras quando, no momento da prisão de Martin
Ignacak, o detetive principal Palfiova, olhando para o arquivo,
declarou: “podemos fazer tudo!”

Se o próprio Chovanec é diretamente ou parcialmente responsável pelo
processo contra o movimento anarquista ou não, não sabemos e demorará
muito tempo antes de descobrirmos. Certamente, se o tribunal enviasse as
cinco pessoas atrás das grades, podemos apostar que ele irá tocar os
ombros de seus amigos “pelo bom trabalho que fizeram”. Agora, quando o
contrário aconteceu, ele pode culpar por seus erros e abuso de poder
apenas a alguns indivíduos de um aparelho policial e punitivo que de
outra forma é “impecável” e “útil para toda a comunidade”.

A falta de evidências vence
Para muitos de nós, o veredito do Tribunal é um alívio. Por um momento,
podemos respirar, nos encontrar para jantar e ver nossxs amigxs em um
estado de espírito mais relaxado fora das paredes da prisão. Estes
momentos são importantes na vida e é bom que possamos aproveitá-los. A
prisão é uma instituição inútil, divide relacionamentos, isola pessoas e
destrói vidas. É por isso que o veredito, por mais agradável do que
“culpado”, não é uma vitória total para nós. Não esquecemos o que três
anos de infiltração e posterior investigação significaram. Ales, Martin
e Peter ficaram presxs por 27 meses no total, Lukas – 7 meses, e antes
disso ele tinha estado um ano na clandestinidade. Todxs elxs ainda
aguardam julgamentos (apelo da Fenix ​​1 e algumxs delxs e outrxs 2
camaradas da Fenix ​​2). Algumxs delxs com possíveis sentenças de vida
ainda no ar. Não nos esqueçamos de que Igor, que hoje é considerado
inocente, estava com a maior dificuldade durante três meses, ainda está
enfrentando dificuldades difíceis e estava reportando aos serviços de
liberdade condicional há quase um ano e meio. Além disso, ele ainda está
sob risco de deportação da Chéquia devido a sua permanência em custódia.

As famílias, amigxs e as pessoas mais próximas dxs réus e presxs, bem
como aqueles que são diretamente afetadxs pelo caso Fenix, estão
enfrentando uma grande pressão emocional e separação. A polícia entrou
em vários apartamentos e tem levado mais e mais pessoas para
interrogatórios. A polícia está usando seus poderes, como levar as
pessoas à floresta, ameaçando xs parceirxs e pais e mães dxs suspeitxs.
Uma lista do que foi feito durante as várias ações repressivas (e
estamos falando apenas dos últimos três anos na cena antiautoritária na
chamada Chéquia) provavelmente seria longa e assustadora.

Em suma, é claro que não há nada para comemorar. A necessidade de
esmagar o sistema opressivo ainda está no jogo, basta pensar em uma
estratégia melhor e encontrar novas formas de lutar. Em casos como o
Fenix, é necessário entender o que isso realmente trata. As unidades
repressivas não têm medo de nós sozinhos, nem temem Martin, Peter,
Sasha, Ales, Katarína, Radka, Igor, Lukas, Ales e xs outrxs acusadxs. O
que os assusta é que mais e mais pessoas se identificam com nossas
idéias, especialmente se começarem a usar uma variedade maior de
táticas. Os protetores do status quo investem muitas forças, energia e
recursos para manter as pessoas na crença de que esta é a liberdade para
a qual sonham.

Pessoas antiautoritárias e anarquistas que acreditam que podemos viver
nossas vidas de uma forma mais genuína do que a oferecida pelo
neoliberalismo e que não precisamos de Estado e Política, podem oferecer
uma alternativa que possa interferir com esse estilo de vida consumista.
A repressão é então vista como a ferramenta ideal para suprimir idéias.
E por eles, o aparelho estatal quer desacreditar-nos através de meios
sensacionalistas e rotulando-nos como terroristas, intimidando-nos
usando o encarceramento e dividindo o movimento entre “xs radicais” e xs
“não-violentxs” e colocando-nos umxs contra xs outrxs. Paralise-nos com
a paranoia.

A questão é de onde essa tentativa de repressão é bem sucedida e em que
pontos podemos trabalhar nós mesmos. Como não cair em armadilhas que são
invisíveis à primeira vista e como derrubar paredes em nossas cabeças.
As paredes dentro de nós mesmos e entre nós e outras pessoas. Como
quebrar essas paredes e construir pontes fora delas. Como superar o
medo, obter o que está lutando e respeitar cada umx. E por último, mas
não menos importante, como não cair no desejo de ganhar em um jogo que
não é nosso e que só nos afasta de coisas e atividades importantes.

O caso Fenix ​​tornou-se um ponto crucial nas vidas de muitxs de nxs.
Podemos aprender muito com isso. Tomar como um ponto de referência para
entender melhor como funcionam as estruturas de poder e para se entender
mutuamente, bem como para analisar criticamente os nossos próprios
erros. Nxs não queremos fingir que temos as respostas para todas as
perguntas. Mas aprendemos uma coisa. Se queremos que nossas ações e
nossa organização sejam realmente efetivas e perigosas para as
estruturas de opressão que nos mantêm sob controle, essas devem ser
decorrentes de discussões coletivas e negociações que vão além dos
esquemas fornecidos pelo estado. Aprendemos que não há motivo para se
esconder da repressão, é melhor estar pronto para enfrentá-lo e criar
condições que tornem essas operações inativas. Enquanto as pessoas
estiverem presas, primeiro, se discute se esta é a medida certa para
implementar ou não apenas após a prisão, há uma razão para continuar
lutando. Isso não quer dizer que, se o processo judicial acontecer na
ordem oposta, a questão é resolvida, em vez disso, precisamos imaginar
um mundo completamente diferente. Um mundo sem prisões, fronteiras e
polícia, onde devemos realmente resolver os problemas em vez de nos
espalhar por trás das paredes.

Fenix não é uma operação visando algumxs anarquistas ingênuxs, mas um
ataque ao futuro da subversão como um todo. É também uma demonstração do
poder policial e do trabalho dos agentes secretos do estado na
democracia que ouvimos tão frequentemente como sinônimo de liberdade.

Não seja pego!

Em Solidariedade, Cruz Negra Anarquista, Praga, Equinócio de Outono de
2017.

“Meus pilares de valores são: Vida, Justiça, Liberdade e Igualdade. As
pessoas que constroem casos e querem aprisionar pessoas dificilmente
entendem tais valores. Estou pronto para qualquer veredito, e eu vou
levá-lo segurando minha cabeça erguida. Um veredito que afetará minha
vida e a vida dos outros. “
Final do discurso de Martin Ignacak.”

Notas:

*Em 1894, o julgamento Omladina, convocado na capital regional
austro-húngara de Praga, colocou ostensivamente o anarquismo e o
anarco-sindicalismo chéquio no tribunal, bem como condenando
especificamente 68 nacionalistas chéquios por atividades radicais.

Texto de compas anarquistas sobre a recente incursão anti-anarquista em Porto Alegre

via INSURRECTION NEWS

“Salve compas!

Escrevemos para dar notícias das tormentas que assolam nossas casas…

Nessa manhã à partir das 6 a.m. uma operação polícial (Operação Érebo)) foi deflagrada contra espaços, ocupações e casas de individualidades anarquistas. Eles e seus porta vozes (meios de comunicação) dizem que é apenas o começo com 30 investigadxs e que as investigações continuarão…

Construiram de acordo com sua maneira de ver o mundo uma organização informal “quadrilha do mal” articulada para atacar o poder e suas estruturas.

Os ataques ocorridos (incêndios) são verídicos (…) Somos o que somos e nisso não vamos retroceder: somos anarquistas, amamos a liberdade e sim, desprezamos a todos os valores e instituições que compõem essa máquina de guerra que se chama capitalismo, civilização.

Que se extenda a notícia e se manifeste a solidariedade.

Viva a anarquia!”