Comunicado da penitenciária sul de Santiago:
“Em 29 de março de 2017, fui preso acusado de portar uma bomba molotov.
Isso aconteceu no contexto da comemoração do dia do jovem combatente no Chile. A atual lei de controle de armas no Chile considera coquetel molotov como uma arma de fogo. Uma lei desproporcional cujo único propósito é a repressão do protesto de rua. Hoje, já estou há 9 meses na prisão. É o meu círculo mais próximo que sofre esta situação comigo. Submerso no lixo diário, percebo plenamente como essa sociedade precisa de prisões para sobreviver.
Minha situação é uma montagem absurda. O suposto molotov que estão colocando nas minhas costas é feito com… parafina (querosene). Sabe-se que um molotov não é feito com esse elemento… mas para justiça deles, é o suficiente para pedir uma sentença que varia de 3 a 5 anos de prisão efetiva.
Hoje não me sobra mais que procurar solidariedade, e ação e arrogância contra um sistema bastardo que não hesita em esmagar e encarcerar todo o seu entorno, apenas por causa das idéias rebeldes contra este mundo tétrico de prisões e carcereiros.
Faço um chamado para mostrar solidariedade a todxs xs presxs do mundo.
A atuar…
E faça deste mundo uma fogueira em que todas as prisões desapareçam.
Alejandro Centoncio desde a ex-penitenciária de Santiago, Chile